Sócio Diego Miguita comenta movimento bilionário de empresas para se adequar à nova tributação de dividendos em reportagem da Forbes Brasil
Em entrevista à Forbes Brasil, o sócio Diego Miguita analisa os impactos da nova regra sobre a dinâmica corporativa e destaca os principais fatores que têm orientado as decisões de mercado neste período de transição.
Antecipação de dividendos e pressão sobre o fluxo de caixa
Segundo Miguita, a necessidade de aprovar e distribuir os dividendos referentes a 2025 até 31 de dezembro, a fim de garantir isenção, ampliou significativamente o volume de deliberações societárias neste fim de ano. Embora legítimo e previsto em lei, esse movimento impõe pressão relevante sobre o fluxo de caixa das companhias, sobretudo daquelas com maiores demandas de reinvestimento ou menor liquidez. Empresas de menor porte são particularmente sensíveis a esse ajuste.
Impactos para investidores e efeitos sobre estratégias corporativas
A combinação entre a nova tributação e a antecipação de proventos alterou a relação entre empresas e investidores. Para os acionistas, a medida representa a oportunidade de receber rendimentos sem a incidência da nova alíquota. Já para as empresas, especialmente as de capital aberto, a decisão pode resultar na repatriação de lucros acumulados, influenciando estratégias de expansão, alocação de recursos e, potencialmente, gerando volatilidade no câmbio.
Período de transição exige planejamento tributário e societário
De acordo com Miguita, a adaptação ao novo modelo vai além de decisões pontuais. A transição requer planejamento tributário e societário robusto, revisão das políticas de distribuição de resultados e análise cuidadosa dos impactos contábeis da mudança legislativa. Para o sócio, esse é um momento estratégico para que empresas e investidores reorganizem processos, mitiguem riscos e construam modelos mais eficientes para o ciclo que se inicia a partir de 2026.Leia o conteúdo Forbes Brasil na íntegra.

